Um ato simbólico marcou o segundo dia de manifestações promovidas pelo Sindicato dos Radialistas de Sergipe (STERTS). A categoria lavou a calçada da sede de uma emissora de rádio, em Aracaju, com baldes de água e sal grosso para atrair bons fluidos e sorte na próxima negociação entre patrões e empregados das emissores de rádio e televisão do Estado. Eles tiveram o apoio de sindicalistas, da CTB-SE e da Federação dos Radialistas (Fitert).
A categoria está em greve desde o sábado, 22, na luta por reposição salarial com ganho real, mas, apesar de inúmeras rodadas de negociação, os donos das emissoras se mantiveram irredutíveis. “Semana passada, fomos informados de que os empresários irão se reunir hoje para avaliar a nossa reivindicação. Vamos aguardar até amanhã para saber qual a contraproposta deles”, afirma Avannilson Santana, presidente do Sindicato dos Radialistas de Sergipe.
Disposta a continuar na luta, a categoria não descarta a possibilidade de, ainda esta semana, suspender as atividades em uma emissora de rádio ou tv. Tudo dependerá do posicionamento dos empresários do ramo da Comunicação. Segundo Santana, os dois atos promovidos pela categoria, ontem e hoje, foram demonstrações de que a categoria está atenta aos rumos da negociação.
“Eles não podem dizer que somos intransigentes. Estamos em campanha há seis meses, tentando um acordo, mas não podemos ficar nesse impasse indefinidamente”, salienta o presidente do Sindicato dos Radialistas. Em Sergipe, há 33 emissoras de rádio e seis emissoras de televisão. O piso salarial da categoria é de R$ 1.458,22.
Fonte e Foto: ascom Sterts