O deputado Wladimir Costa (SD-PA), conhecido por ter feito uma tatuagem no ombro escrito “Temer”, foi um dos parlamentares que foram recebidos nesta quinta-feira, 3, no gabinete do presidente Michel Temer “por 20 minutos”, no dia seguinte à vitória do peemedebista na votação na Câmara que barrou a denúncia por corrupção passiva. Na saída, Wladimir Costa se contradisse ao afirmar que Temer “vai para o enfrentamento” e também “pacificar a base”.
“Ele está muito entusiasmado, feliz, falou dos projetos do País, das reformas (…) que não vai se intimidar e que vai para o enfrentamento”, afirmou.
Durante a sessão na Câmara, o deputado foi flagrado pedindo “nudes” de uma mulher – uma jornalista, segundo ele – pelo WhatsApp, além de ter protagonizado um dos momentos de confusão na votação ao levar um pixuleco para o plenário. O boneco inflável com a caricatura do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva acabou esvaziado pela mordida do deputado Paulo Teixeira (PT-SP).
Nasceu em 1964 em Belém, no Pará. Sem formação superior, trabalhou como radialista em três rádios de sua cidade.
Aos 53 anos, no quarto mandato na Câmara, Wlad, nome com o qual se tornou popular como vocalista de banda de tecnobrega e locutor de rádio em Belém, integrava a tropa de choque de Eduardo Cunha (PMDB-RJ) quando, na última hora, diante da derrota certa, votou pela cassação do mandato do ex-presidente da Casa.
A linguagem coloquial do tempo de camelô e locutor de bancas do mercado Ver-o-Peso, em Belém, impulsionou Wlad a um posto de puxador de votos. Ganhou a primeira eleição com 160 mil votos, só perdendo para o então padrinho político, Jader Barbalho. Após desentendimentos, deixou o PMDB em 2014.
FONTE: METRO JORNAL | ÉPOCA