As falas do diretor de Rádio da Associação Brasileira de Emissoras de Rádio e Televisão (Abert), André Cintra, e do gerente técnico do Grupo RBS, Caue Franzon, foram em defesa da faixa estendida no rádio. A dupla de técnicos deu segmento ao painel sobre migração do AM para FM, que também contou com a palavra do diretor de Novas Técnicas da Associação Gaúcha de Emissoras de Rádio e Televisão (Agert), Carlos Fini, no 24º Congresso da Agert.
Cintra informou ao público que a Abert possui 140 pedidos de migração do AM para o FM somente do Rio Grande do Sul, tendo atendido a 103 deles. "Porto Alegre tem nove canais para migrar. É muito difícil conseguir esta transição por conta da banda larga estendida", explicou aos congressistas presentes no auditório do hotel Continental, em Canela. Ainda, reiterou que a associação está em constante diálogo com o governo para dar agilidade ao processo, que também prevê, a partir de 2018, a obrigatoriedade da faixa de FM entre 76MHz e 108MHz nos aparelhos fabricados no Brasil. Atualmente, é de 88MHz a 108MHz.
Nesse sentido, Franzon quis reforçar a necessidade da extensão com dados de maio até julho deste ano do Ibope Kantar Media. Segundo ele, do ponto de vista da audiência, os jovens estão ouvindo mais rádio e o consumo deste meio se dá, majoritariamente, em casa. "Em média, ouve-se rádio 2h30 por dia e apenas uma parcela pequena da população consome pelo celular", completou, ressaltando que aproximadamente há um smartphone por pessoa no País. Na sua visão, tornar obrigatória a recepção de FM nos aparelhos representaria maior longevidade nos negócios deste mercado. "A partir dessa mudança, teremos mais audiência nas nossas rádios", constatou.
FONTE: COLETIVA.NET