O espetáculo “A Rainha do Rádio”, escrito por José Saffioti Filho em 1976, com direção geral do paulista Gil Guzzo, vai chegar aos palcos cariocas. A peça traz no elenco a atriz e idealizadora do projeto Mariane Feil Schneider, o figurinista José Henrique Beirão, luz de Irani Apolinário, e preparação vocal de Mônica Montenegro, eles que estreiam no Rio de Janeiro esta semana, no dia 10/1, com apresentações às quartas e quintas no Teatro Municipal Maria Clara Machado até 1/2.
A peça conta sobre a radialista Adelaide Fontana, que demitida após 25 anos de casa, quando comandava o “Suspiros ao meio-dia”, resolve invadir e trancar-se no estúdio da Rádio Esperança para fazer um programa especial. Ambientado em 1974, tempo de ditadura militar brasileira e repressão aos meios de comunicação e às manifestações artísticas, entre sucessos musicais, ela revela aos ouvintes com humor e ironia os reais motivos de sua saída.
Veiculado à meia noite, em contraponto ao horário anterior, ao invés de poesias com baixíssimo índice de audiência – a tal justificativa para a sua saída, Adelaide fala como bem entende sobre as alegrias e mazelas da sua vida, além de desafiar os poderosos da cidade, contando os “podres” e apontando a hipocrisia que a cercava. O espetáculo fala dos limites impostos às mulheres, principalmente as que ousavam desafiar o autoritarismo da época.
Embora escrita em 76, o autor permitiu que o texto não envelhecesse, com diversas montagens no Brasil e no exterior. A estreia foi no mesmo ano em São Paulo com atuação de Cleyde Yaconis e direção de Antonio Abujamura, e devido à censura, a parte política precisou ser cortada. Em 81, chegou às telonas com o diretor Luís Fernando Goulart e os atores Beyla Genauer e Paulo Guarnieri. “Dirigir um espetáculo que tem um lugar importante na história do teatro é um grande privilégio. Porque ele foi escrito e encenado pela primeira vez num Brasil ainda dominado pelos militares e continua absolutamente atual trazendo à tona assuntos que ainda e cada vez mais precisam ser discutidos. E também porque é um texto forte que coloca toda e qualquer discussão num nível acima do senso comum”, ressalta Gil Guzzo.
O espetáculo estreou em dezembro de 2015 em Florianópolis, ficou em temporada na capital em abril de 2016, quando circulou por algumas cidades de Santa Catarina, como Itajaí, Joinville (SESC), Lages (SESC) e após apresentou em Passo Fundo/RS (SESC) onde abriu a programação Arte Sesc – Cultura por toda parte. Em 2017, foi convidado para encerrar o II Festival Curta Teatro de Macapá/AP, em Foz do Iguaçu/PR, a convite e patrocínio do Parque Tecnológico Itaipu. Foi ainda o único espetáculo brasileiro selecionado para o Festival 13º Festival Iberoamericano De Teatro, “Cumbre De Las Américas” Mar Del Plata, em Buenos Aires – Argentina, onde recebeu prêmios de melhor espetáculo solo e menção de melhor atriz. Pós temporada no Rio de Janeiro, será a vez de São Paulo.
Licenciado pela SBAT – Sociedade Brasileira de Autores, é uma realização da Esfera Produções Artísticas. O espetáculo conta com apoio institucional Prefeitura Municipal do Rio de Janeiro, Secretaria Municipal de Cultura do Rio de Janeiro, apoio cultural Eu Faço Cultura (www.eufacocultura.com.br), Cowboy Bar e Restaurante, FeilFer, Jonathan Braz Fotografia, Lorry’s Harr Nataly Moraes Jóias e Design, e Padaria e Confeitaria Ingranl.
A Rainha do Rádio contou com patrocínio na montagem através do Prêmio Edital Elisabete Anderle/2014 – Categoria Montagem, Funcultural, Fundação Catarinense de Cultura e Governo de Santa Catarina. O espetáculo tem também apoio de mídia da Plus OK, b2b; e apoio institucional da Aktoro – Escola de Atores, Estação Web e Quality Serviços Contábeis.
Sinopse
A peça conta sobre a radialista Adelaide Fontana, que demitida após 25 anos de casa, quando comandava o “Suspiros ao meio-dia”, resolve invadir e se trancar no estúdio da Rádio Esperança para fazer um programa especial. Ambientado em 1974, tempo de ditadura militar brasileira e repressão aos meios de comunicação e às manifestações artísticas, entre sucessos musicais, ela revela aos ouvintes com humor e ironia os reais motivos de sua saída.
Veiculado à meia noite, em contraponto ao horário anterior, ao invés de poesias com baixíssimo índice de audiência – a tal justificativa para a sua saída, Adelaide fala como bem entende sobre as alegrias e mazelas da sua vida, além de desafiar os poderosos da cidade, contando os “podres” e apontando a hipocrisia que a cercava. O espetáculo fala dos limites impostos às mulheres, principalmente as que ousavam desafiar o autoritarismo da época.
Serviço:
O quê: A Rainha do Rádio
Quando: (quartas e quintas) nos dias 10,11,17,18,24,25,31 de janeiro e 01 de fevereiro.
Onde: Teatro Municipal Maria Clara Machado.
Localização: Rua Padre Leonel Franca, nº 240 – Gávea, dentro da Fundação Planetário. Telefone para contato: (21) 2274-7722.
Horário: às 21h
Quanto: R$ 40,00 (inteira) R$ 20,00 (meia) Lista amiga (R$ 15,00)
Duração: 1h
Classificação Indicativa: 16 anos
Ingressos no Site: www.ticketmais.com.br e, Bilheteria do Teatro – Horário funcionamento bilheteria 14:00 as 21:00 de quarta a domingo.
– Atenção! 100 ingressos gratuitos para pessoas de baixa renda disponíveis no sitewww.eufacocultura.com.br
Produção local: Mauricio Silveira
Informações: (21) 96933-8887 (11) 977249717
Site: http://esferaproducoes.art.br/
Ficha Técnica:
Autor: José Saffioti Filho
Atriz e criação: Mariane Feil Schneider
Diretor geral e Cenografia: Gil Guzzo
Iluminação: Irani Apolinário
Figurino: José Beirão
Preparação de Voz: Mônica Montenegro
Assistente de Direção: Tainá Froner
Preparação: Gringo Starr e Taina Froner
Trilha Sonora e sonoplastia: Marcelo Téo
Maquiagem e Cabelo: Adriana Bernardes
Criação vinhetas e vozes: Dylan Pìeczarka, Jane Barcellos e João Carlos
Assistente de Produção e Operadora de Som: Marina Soares
Fotos Divulgação: Gil Guzzo
Fotos Espetáculo: Donatella Macola
Gravação Teaser: Donatella Macola
Produção Local Rio de Janeiro: Mauricio Silviera
Produção e realização: Esfera Produções Artísticas
Idealizadora do Projeto e Coordenação Geral: Mariane Feil Schneider
Direitos Autorais Liberados pela Sociedade Brasileira de Autores Teatrais – SBAT
FONTE: SOPA CULTURAL