quarta-feira, 31 de janeiro de 2018

Maritaca: um programa de rádio todo pensado para as crianças


Imagine ouvir rádio com as crianças, com uma programação toda pensada para elas? Pois graças a um programa que nasceu em maio de 2017, o Maritaca, os pequenos agora têm um canal de rádio para chamar de seu. Além de educativo, o programa pode ser uma alternativa interessante para desenvolver o interesse dos pequenos por música e literatura. Além disso, por ser composto apenas por áudio, o Maritaca estimula a atenção e a concentração.
Apresentado pela multiartista, produtora cultural e atriz Mariana Piza, o Maritaca é um programa de contação de histórias e conteúdos para a infância voltado para pais, cuidadores e crianças de dois a dez anos. A proposta é apresentar contos e causos da cultura popular brasileira e mundial, além dicas de livros infantis e curadoria musical.
O nome o projeto faz uma brincadeira dupla com o nome da apresentadora e uma alusão ao passarinho cantador, e atrai as crianças com sua identidade visual divertida, assinada por Valentina Fraiz (ilustração) e Ieltxu Ortueta - Artefactos Bascos (arte).

A cada semana, convidados especiais do universo da contação de histórias, como Kiara Terra, a companhia Malas Portam e  a cordelista Mariane Bigio narram contos de um determinado assunto,  e as dicas escolhidas seguem a toada da temática suscitada pela história contada, trazendo à tona discussões sensíveis para o desenvolvimento da criança, como família, generosidade, natureza, empatia e diversidade. Alguns programas contam ainda com a participação das crianças. O conteúdo pode ser acompanhado também pela fanpage do Maritaca, que disponibiliza os teases das próximas edições e adianta os temas que serão focalizados.
Quanto à curadoria musical, a proposta é fazer um passeio pela música brasileira e internacional que também dialoguem com o tema do programa, misturando clássicos e contemporâneos de todos os cantos, como Baden Pawel, Sá, Rodix e Guanabira, Tulipa Ruiz, Rita Lee, Caetano Veloso, Gene Kelly, Elvis Presley e Beatles.
O programa compõe a faixa infantil da rádio Vozes, comandada por Patricia Palumbo, e é veiculado todos os sábados, com reprises aos domingos, às 9h, com duração de 20 minutos. Depois de transmitido, todo o conteúdo fica disponível online, no site do projeto, assim as crianças podem ouvir quantas vezes quiserem.
Rádio é uma alternativa barata e acessível aos excessos tecnológicos

A idealizadora do projeto, Mariana Piza, destaca o caráter democrático da internet, e conta como o Maritaca se posiciona diante da demanda tecnológica excessiva à qual as crianças estão submetidas. "Não sou muito a favor de criança utilizando dispositivos eletrônicos. Mas no caso de rádio, acho saudável, uma vez que o papel do dispositivo é proporcionar escuta. A criança recebe informação e complementa com a imaginação. Ou então brinca e dança. É bem diferente do que ficar jogando jogos, sendo hiper estimulada e não se relacionando com o mundo", defende a artista, ressaltando para o cuidado que é preciso ter para mediar os conteúdos online aos quais a criança terá acesso.
Mariana coloca também como a internet proporciona o contato com outras realidades a partir da grande oferta de conteúdo. "Gosto muito da web e desta possibilidade de escolha do que ouvir. Também acho incrível poder ter ouvintes de outras partes do mundo. Para a criança, computador, tablet e celular não são bichos de sete cabeças, muito pelo contrário", explica, levando à reflexão sobre o valor da presença dos pais na hora de escolher o que ouvir/ler. O mais importante, afinal, é promover um equilíbrio entre oferta e qualidade.
A apresentadora
Mariana Piza é formada em Jornalismo pela PUC São Paulo,  e atriz formada pelo INDAC. Cursou como aluna especial nas Artes Plásticas da USP, A Arte Instalação, com Carlos Fajardo. Trabalhou como produtora e videorreporter e em diversos programas de TV, como o Metrópolis, da TV Cultura.  À frente do Maritaca e atuando como produtora cultural e artista plástica, ela produz e apresenta performances artísticas por diversos centros culturais de São Paulo.
FONTE: CATRAQUINHA LIVRE

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