A Federação Pernambucana de Futebol (FPF) é acusada de ter tomado uma medida polêmica neste domingo (21). A entidade
teria proibido a entrada de rádios de pilha no Estádio Luiz Lacerda, em Caruaru, durante a partida entre Central e Náutico.
A Patativa venceu o Timbu por 3 a 0, mas os torcedores foram, inicialmente, impedidos de entrar no Lacerdão com o radinho
de pilha para acompanhar a partida, prática muito comum nos estádios de futebol do Brasil.
Depois de muita reclamação, a polícia liberou a entrada dos torcedores com o equipamento. O coordenador do Juizado do
Torcedor, Adrielmo Moura, diz que a determinação não partiu do órgão. “Eu acredito que tenha sido um mal-entendido. O
que tinha sido acordado com o pessoal do Central é que na Campos Sales não haveria pessoas com camisas de outros times
de futebol”, explicou. “Não sei se alguém chegou com um rádio que identificava o time a qual ele torcia e foi impedido de
entrar, porque isso aí fere o Código de Defesa do Consumidor e o Estatuto do Torcedor”, completou.
O major da Polícia Militar, Flávio Bantim, que comandou o esquema de segurança no jogo, disse que a determinação partiu
da FPF. “Eu peço até desculpas ao torcedor que teve algum prejuízo com relação a isso. A Federação teve a intenção de
ajudar e de sugerir essa política, de proibir a entrada de alguns itens por uma questão de segurança”, justificou.
Segundo o major, o comandante do policiamento quando tomou conhecimento da medida, apenas no segundo tempo da
partida, cancelou a medida. “Sem sentido essa proibição. A gente reconhece que houve uma falha de comunicação entre a
FPF representada pelo Delegado de Campo e o Comando do Policiamento na hora de implementar essas medidas nas
entradas”, lamentou.
Já a diretoria do Central Sport Club disse que a determinação não partiu dela.
Resposta da Federação
Em resposta, Murilo Falcão, diretor de competições da FPF, explicou o motivo da medida que proibiu a entrada de rádios de
pilha no Lacerdão, neste domingo.
Segundo ele, a Federação recebeu com surpresa a informação da proibição. “É estranho porque isso nunca aconteceu em
nenhum estádio aqui em Pernambuco e no Brasil (...) Se não pode entrar com rádio de pilha, não podia entrar pelo telefone”,
disse. “Alguém tomou essa decisão e agora, como teve um impacto negativo está querendo transferir para Federação”,
destacou.
Murilo Falcão garante que não houve a determinação. “Isso é um equívoco grande porque a Federação jamais emite ordem
de segurança, jamais a Federação vai dizer o que pode entrar e o que não pode entrar. Isso compete aos órgãos de
segurança”, defendeu.
FONTE: RADIO JORNAL