quinta-feira, 1 de fevereiro de 2018

Como os avanços tecnológicos mantêm as rádios populares e importantes?


Sempre que surge uma nova plataforma de mídia, os especialistas se apressam para fazer suas previsões sobre a morte do segmento mais tradicional. Isso não é privilégio dos dias atuais, em que a tecnologia reuniu todos os tipos de mídia em um só aparelho.
No início do século passado, tínhamos o monopólio da imprensa escrita, e com a chegada das rádios populares, muita gente decretou o fim dos jornais — que ainda estão entre nós. Com a chegada da TV, foram as rádios que ficaram com os “dias contados”.
Os meios de comunicação se adaptam e se integram às novas tecnologias cada vez mais. Nesse contexto, os rádios continuam ocupando o seu espaço como mídia mais democrática e portátil. Pensando nisso, fizemos este post para tentar explicar um pouco sobre a manutenção da popularidade das rádios em meio a tantas mudanças. Confira!

As previsões

Após sua implantação, o rádio reinou como principal meio de comunicação de massa, superando os jornais, e reinou absoluto até a invenção e popularização da TV. Não demorou muito para os teóricos decretarem também o seu fim, afinal, a TV trazia uma programação quase idêntica ao rádio, mas com imagens.
Nenhuma das previsões ainda se cumpriu. Mesmo com a TV assumindo o protagonismo, o rádio continuou forte e crescendo, a imprensa escrita continua trazendo suas manchetes impactantes e a tecnologia reuniu tudo em um aparelho só.
Com tantas opções, muita gente ainda não consegue entender como uma mídia tão simples como o rádio ainda se mantém forte e renovada. A seguir, traremos algumas hipóteses que explicam isso. Continue lendo.

A acessibilidade do rádio

O rádio é a mídia mais rápida, eficaz, acessível e que exige menos fidelização física do usuário, que pode se manter informado sem interromper suas atividades diárias — pois exige o comprometimento de apenas um sentido humano, a audição. Está presente nos lares, carros, bolsos, ruas etc.
É a mídia mais democrática, pois se comunica com quem não sabe ler, com quem não pode enxergar e com todas as classes sociais. Um aparelho de rádio portátil simples pode ser comprado por um preço muito baixo, e o sinal é fácil de sintonizar.
Não existe barreira ou segregação. Mesmo que uma rádio se proponha a fazer uma programação para a classe “A”, ela poderá ser sintonizada por uma pessoa da classe “E” sem nenhum custo adicional.

A integração com as mídias sociais

As rádios já não produzem conteúdo pensando apenas no dial — nos aparelhos convencionais de transmissão. O conteúdo é feito para ser distribuído de diversas maneiras e em várias plataformas. Os ouvintes não estão mais focados na escolha entre AM ou FM, escuta-se apenas rádio, jornalística ou musical.
Algumas emissoras transmitem programas ao vivo nas redes sociais como o Facebook e YouTube, utilizando imagens dos estúdios e fazendo publicidade com imagens — ampliando as possibilidades comerciais. É um conteúdo tão versátil que está se tornando audiovisual — os sites dos rádios, além streaming ao vivo e podcasts, oferecem matérias escritas e em vídeos.
Sendo o ouvinte hoje também um internauta, ele apresenta características imersivas adquiridas no novo meio. Participam, opinam, sugerem, criticam, muito mais do que em outras épocas, e as redes sociais acabam sendo a principal ferramenta para expressão de ideias.

Os recursos técnicos

O uso do celular agiliza o trabalho do repórter durante a apuração e transmissão de informações e, internamente, as rádios ganharam em qualidade com a digitalização. Os materiais são editados com softwares que conseguem entregar uma qualidade muito maior, eliminando ruídos e inserindo efeitos mais elaborados.
As tecnologias digitais, em vez de extinguir as tecnologias mais antigas, ajudaram a melhorar a qualidade delas. Equipamentos digitais, aproximação com o público e portabilidade ajudaram as rádios a continuar populares e a ganhar uma nova identidade.
FONTE: BRUNO FARIA - TELETRONIX

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