» » Migração AM/FM é tema de pesquisa acadêmica


Mais de 100 pesquisadores de todo o país estão coletando dados sobre o processo de migração do rádio AM para FM no Brasil. O trabalho é uma iniciativa do Grupo de Pesquisa Rádio e Mídia Sonora da Intercom (Sociedade Brasileira de Estudos Interdisciplinares da Comunicação).
Os pesquisadores já iniciaram os contatos com as emissoras que assinaram o termo aditivo de outorga. A ABERT apóia o projeto e acredita na importância de os radiodifusores responderem ao questionário do estudo.
A pesquisa, intitulada “Migração do rádio AM para o FM: análise do processo, sustentabilidade, audiência e impacto no conteúdo, programação, profissionais e estratégias de relacionamento com a audiência”, estuda o impacto da migração, analisando aspectos como sustentabilidade, reconfiguração do conteúdo, reorganização da programação, mudanças na equipe, estratégias de relacionamento com a audiência e reposicionamento da marca da rádio.
O estudo é coordenado por duas professoras universitárias, ambas doutoras, com longa trajetória em pesquisas sobre rádio e várias publicações na área: Nélia Del Bianco, da Universidade de Brasília (UnB) e Nair Prata, da Universidade Federal de Ouro Preto (UFOP).
Um protocolo foi assinado pelas professoras e pela ABERT para que o uso das informações seja estritamente acadêmico, ou seja, os dados não serão estudados de maneira individualizada, mas analisados em conjunto.
Migração no Brasil
Das 1.781 rádios AM no Brasil, 1.332 solicitaram a mudança, sendo que 619 já assinaram o termo aditivo de adaptação das outorgas.
“Trata-se da maior política pública de migração das Américas. O México é o segundo país, com 400 emissoras AM operando em FM desde 2015”, afirma a professora Nélia.
A professora Nair lembra que “a migração para o FM foi apontada por empresários do setor como solução para melhorar a qualidade do som, garantir presença no celular, aumentar o faturamento e viabilizar a continuidade da oferta do serviço. A mudança representa uma oportunidade para renovar a programação, seja no conteúdo, plasticidade e sonoridade, além de ampliar a interação com a audiência a partir de dispositivos móveis”.
Dúvidas ou mais informações sobre o estudo, basta enviar e-mail para nbianco@uol.com.br ou nairprata@uol.com.br.
FONTE: ABERT

Postado por César Oliveira

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