Dois locutores de rádio foram afastados de suas funções depois de terem se referido a Gurbir Grewal, procurador-geral do estado de Nova Jersey, nos Estados Unidos, como "homem de turbante". As informações foram publicadas pela rede de notícias CNN. Segundo a reportagem, o apresentador Dennis Malloy não se lembrou do nome da autoridade em seu programa veiculado na estação NJ 101.5, ao noticiar uma informação sobre uma ação do procurador sobre um processo contra casos de maconha naquele estado. Na transmissão, ele estava acompanhado da locutora Judi Franco.
"O procurador, você sabe, eu nunca vou saber o nome dele", disse Malloy. "Só vou dizer o cara com o turbante". Termo repetido pela sua colega de transmissão. Em seguida, Malloy acrescenta, se referindo ao procurador, que "se isso for ofensivo, então que (ele) não use turbante. E eu vou lembrar do seu nome". Em seguida, questionou se isso seria ofensivo.
Franco, então, respondeu que "para ela não. Mas para as pessoas que usam turbante poderia ser". O caso aconteceu nesta quarta-feira.
O procurador usou a sua conta no Twitter para responder aos apresentadores: "Meu nome, para constar, é Gurbir Grewal. Sou o 61º Procurador-Geral de Nova Yersey ", consta de um trecho da postagem. "Tenho três filhas. Ontem eu disse para elas que desligassem o rádio".
Gurbir se identifica como Sikh e normalmente aparece utilizando o turbante. Ainda conforme a CNN, a estação de rádio informou que estão sabendo dos "comentários ofensivos" feitos por Dennis e Judi durante a transmissão e que ambos foram retirados do ar "até novo aviso". Eles acrescentaram que investigam o assunto.
À reportagem, a porta-voz da United Sikhs contou à CNN que "este é um comentário chocante que aponta para uma falta de educação e sensibilidade cultural". disse ela, antes de continuar. "Sikhs mantêm nossos artigos de fé, incluindo cabelos e turbantes, para representar a igualdade e a justiça. No entanto, esses marcadores visíveis de identidade religiosa também nos tornam um alvo para intolerância por assédio, intimidação de nossos filhos e crimes de ódio".