Apaixonado por colecionar objetos, principalmente aparelhos de rádio, o catarinense Miguel Lunardi guarda, na residência em Brasília, mais de 300 equipamentos antigos.
(foto: Ed Alves/CB/D.A Press)
O acervo tem aparelhos de dezenas de países e épocas. O modelo mais antigo, de 1917, fabricado na Alemanha três anos após o surgimento do rádio, foi muito utilizado na época da propaganda nazista.
Alguns aparelhos fazem referências a personalidades artísticas e esportivas. Um selo específico homenageia o toureiro espanhol "El Matador".
Aos 60 anos, Lunardi conta que a paixão por colecionar aparelhos de rádio começou aos 18 anos. “Vi em uma rua da minha cidade, Jaborá, uma loja que vendia rádios antigos. Quando entrei na loja, veio uma lembrança de pequeno, quando minha mãe passava o dia todo ouvindo rádio para acompanhar o momento temeroso que o Brasil vivia, em 64. Nesse dia, a lembrança dos momentos ao lado da minha mãe, falecida no ano seguinte, me fez comprar três aparelhos de rádio”, afirma Lunardi.
"A partir daí, fui me apegando aos aparelhos e, aos poucos, fui comprando e ganhando equipamentos antigos", completa.
(foto: Ed Alves/CB/D.A Press)
Mais de 80% dos aparelhos estão em funcionamento e quando aparece algum problema, Lunardi leva os rádios para um amigo consertar. "Cada um dos rádios me traz lembranças muito fortes. Eles têm um valor sentimental, que não pode ser medido em preço”, diz o colecionador.
FONTE: ABERT
