quinta-feira, 27 de setembro de 2018

RÁDIO. Até quando terá sintonia?


Até onde será viável o sem fio no ar? Por quanto mais tempo o rádio será sustentável?  

POR: THIAGO ALVES

Montar um plano de negócios que traga rentabilidade -mesmo com uma lista extensa de custos diretos e indiretos - não é tarefa das mais fáceis, se tratando do rádio.

Redação, equipe técnica, locutores, corpo administrativo, aparato tecnológico de ponta, na tentativa de reter atenção de um público cada vez mais desinteressado neste modal.   

A história mostra as várias adaptações deste meio de comunicação. A chegada da TV, no Brasil, é o caso mais emblemático. Na época ( assim como experienciamos hoje ) o rádio passou a ser mais serviço, falar mais com o publico em geral. (ele era campeão em interagir com o grande público). Logo após, uma nova readaptação: a chegada do telefone. O Sem fio o agregou e se fortaleceu ainda mais como veículo de massa.  

A diferença é que nestes períodos, o "queridinho do público" lutava sempre com um concorrente direto. Hoje em dia, a guerra da comunicação, contemporânea a crise da imprensa, acaba tirando o rádio de sintonia. - Paradoxal não é? - Grandes estruturas com alto capital investido, fortes bandeiras que definham por um simples vídeo, feito em um celular popular, que chega ao conhecimento das pessoas, com proporções globais, em segundos. Até então, ninguém era mais rápido do que o rádio. Até então! 

O digital rompeu e mudou o jeito de se comunicar.  A cadeia virou orgânica. Hora ativa, hora passiva. Os variados ciberespaços retêm a atenção da sociedade, são dinâmicos e sem fronteiras. Os meios digitais, através de Smartfones principalmente, são espaços de expressões populares e isso capta o grande público. 

Ao rádio, que perde público a cada ano, fica a reflexão de que é preciso mudar! O monólogo não faz mais parte da nossa sociedade. Alguns passos foram dados ( como a inserção do WhatsApp e as Lives, por exemplo) como mecanismos de apoio ao conteúdo veiculado no sem fio. Entretanto, a rigidez das programações,  não só afasta o ouvinte, como os parceiros também.  Pois, com a nova forma de se comunicar, desenvolveu-se um novo modelo de se anunciar. A gestão de comunicação que já atentou para este fenômeno, terá um pouco mais de oxigênio no mercado. As mídias transcendem, são encontradas, e o uso das múltiplas plataformas é uma carta na manga dos gestores e no conceito de se fazer negócio atualmente.  

Com o auxílio de todos os espaços de comunicação e interação, o rádio, por ter credibilidade, pode ter aí, sua fuga. Trazer segurança na informação, em época de fake news. Interagir nos espaços midiáticos e, em seguida, trazer um apanhado geral dos fatos. Veja que não estamos mais falando apenas do rádio, dial e frequência, simplesmente. Estamos nos referindo a uma nova metodologia de comunicação, unilateral, multifacetada, dinâmica e principalmente, compartilhada. 


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