terça-feira, 13 de novembro de 2018

Modernização da radiodifusão em debate


Hábitos de consumo, regulamentação do rádio, compartilhamento de rede e produção de TV foram alguns dos temas abordados nos 10 painéis de debates do SET Centro-Oeste, encontro que reuniu mais de 200 radiodifusores da região, nos dias 5 e 6 de novembro, em Goiânia (GO).
O diretor de Rádio da ABERT, André Cintra, participou do painel sobre o processo de migração de rádios AM para FM.
Na palestra, Cintra mostrou as regiões brasileiras que ainda têm problemas para migrar e que poderiam ser evitados.
“Na época nós avisamos que não haveria espaço para todas as rádios migrarem para a frequência modulada. Hoje, temos 2,4 mil canais vagos que atrapalham a migração e que podem ser excluídos”. Já a engenheira da Anatel Vanessa Gomes explicou os procedimentos para destinação e canalização da faixa estendida, que poderá acomodar os canais que ainda não conseguiram mudar para FM.
A modernização do setor norteou grande parte dos debates. O especialista em análise de audiência da Rede Anhanguera, Carlos Henriques Souto, falou sobre os diversos meios existentes para se consumir uma mesma informação. Segundo ele, é importante que os radiodifusores, em especial as rádios, pensem na programação em diversos formatos.
“Na TV Anhanguera, a apresentadora faz três chamadas ao vivo diferentes, uma no jornal, outra no Facebook e outra no Instagram, mas cada uma respeitando as características nas quais estão inseridas.
Uma mais dinâmica nas redes sociais e outra mais tradicional na rede de TV aberta”, afirmou. Uma das palestras sobre “IP para Broadcast” abordou a nova realidade de transmissão ao vivo pelos meios de comunicação.“A tecnologia IP para a produção ao vivo tem configuração mais complexa que o uso somente para áudio, mas veio para mudar a realidade de trabalhar com um grande volume de cabos”, explicou Erick Soares, especialista em tecnologia da Sony Brasil.
No painel sobre a digitalização da TV, foram discutidas soluções para chegar às regiões do interior do Brasil, que deverão ser desligadas até 2023. Uma delas seria o compartilhamento de redes.
Em agosto, foi criado pela ABERT o grupo de compartilhamento de infraestrutura, para estudar e propor modelos para expandir a cobertura da TV digital no país.
A proposta foi defendida pelo diretor executivo da SM Facilities, Sérgio Martines, durante o debate no SET Centro-Oeste. “Com a digitalização das cidades de maior população já bem encaminhada, há que avaliar, discutir e propor soluções, modelos técnicos e modelos de negócios que possam viabilizar a expansão da transmissão da TV digital nas cidades do interior e de menor interesse comercial. Seria a hora de criar um ‘Uber’ da transmissão no Brasil? É preciso oferecer um modelo de negócio de serviço de cobertura e disponibilidade de sinal. A ideia que propomos é identificar a necessidade da emissora, propor uma cobertura, pedir aquisição na Anatel e implantar a solução”, explicou.
O próximo ciclo de palestras da SET será em Manaus (AM), nos dias 28 e 29 de novembro. As inscrições são gratuitas e limitadas.Clique aqui para se inscrever.
FONTE: ABERT
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