segunda-feira, 7 de janeiro de 2019

Radialista mantém viva há 30 anos rádio alternativa em Manaus

A rádio alternativa “Seis Irmãos”, administrada por Waltemir Mendonça, informa embarcações e comunidades ribeirinhas através de três alto-falantes distribuídos pelo Porto do São Raimundo


Há 30 anos, o radialista Waltemir Mendonça, 74,  trabalha incansavelmente para manter viva a comunicação alternativa. “A Voz Seis Irmãos começou através de um plebiscito dirigido por vários comunitários do bairro São Raimundo, da Compensa e da Glória, porque existia o porto da balsa, mas não havia um veículo de comunicação e o veículo seria um sistema de voz para informar as pessoas que estavam chegando e saindo para o interior”, lembra ele.
A Seis Irmãos foi fundada no dia 1º de janeiro de 1989, e ganhou esse nome em homenagem aos seis filhos de Waltemir: Francisco Mendonça, Sineon, Sidney, Wanderlan, Ana Célia e Maria de Jesus. Antes da fundação, ele trabalhava na rádio Rio Mar. “A comunidade queria que eu trabalhasse nessa missão. Então, trabalhei e construí junto com a minha família a rádio para informar às pessoas que chegavam ao porto”, conta.
Os recreios que atracam  no São Raimundo são de várias localidades. “São embarcações vindas de São Gabriel da Cachoeira, Barcelos, Santa Isabel, dentre outros. As pessoas que desembarcam  dos recreios logo se deparam com a comunicação. Eles perguntam onde ficam lugares aqui em Manaus e eu tenho o prazer de informá-los”, ressalta o radialista.
A programação é dividida em três horários. Pela manhã, de 6h às 10h. Há uma pausa para o almoço e descanso e depois os programas voltam a partir das 15h30 até às 18h. Para por uma hora e retorna às 19h até 21h30. Depois temos o programa que está há 25 anos no ar que chama-se ‘Louvores ao Senhor”.
Quarenta anos de informação
O radialista Waltemir Mendonça tem o apoio dos donos de embarcação, empresas como a Náutica Velho Artur, além da Prefeitura de Manaus.  Apesar da idade avançada e dos 40 anos de comunicação, o radialista contou que se sente realizado por passar tantos anos atrás do microfone. “Me sinto como se fosse uma criança, brincando com o que eu mais gosto de fazer. Não consigo me ver longe do rádio e informar o meu público é um prazer”, afirma.
Ele ainda acrescenta: “O rádio está em todas as comunidades, nas residências mais humildes. Está no interior, nas cabeceiras do rio, está nos carros. Eu acredito que o rádio nunca vai morrer pela importância dele na vida das pessoas”, finaliza.
Ainda segundo o radialista, a Seis Irmãos tem uma boa programação. “Temos os informativos de utilidade pública e entra o programa intitulado ‘Os Sucessos de Ontem’, que justamente traz a ideia de matar a saudade de alguém por meio da música”, conta. A tarde, as informações são spots das ações do executivo municipal e estadual”, completa.
FONTE: A CRITICA 

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