quarta-feira, 6 de março de 2019

Na era da internet, rádio encanta alunos em projeto nas escolas estaduais de MS


Mesmo com o surgimento da televisão e da internet, o rádio continua a encantar jovens em Mato Grosso do Sul. Em forma de projeto curricular, as rádios escolares estão presentes em escolas estaduais, ganham cada vez mais adeptos e contagiam quem não gostava de música ou até quem pensava que o meio de comunicação já estava com os dias contados.
Em Campo Grande, na Escola de Autoria Estadual Waldemir da Silva Barros, na Moreninha I, a rádio escolar já funciona há três anos. Thiago Mendonça, de 17 anos, conta que não tinha interesse pelo rádio. “Eu não gostava de música. Não sei explicar porquê. Acabei entrando no projeto por causa da locução. Hoje, eu adoro música e adoro rádio. O projeto me influenciou demais”, diz. Já a estudante Hayunne Galvão, de 16 anos, conta que é ouvinte de rádio desde a época em que não tinha celular em casa. Com a participação na rádio escolar, Caio de Souza, de 17 anos, já sonha com a carreira como produtor musical.
Nas escolas integrais, chamadas em Mato Grosso do Sul como Escolas de Autoria, a rádio é uma forma de entretenimento no intervalo para almoço, que dura mais de uma hora. Já nas escolas de apenas um turno, as músicas acabam sendo liberadas entre uma aula e outra, mas sempre com o aval da direção. Aberta a todos os estudantes, a rádio vai além das notas musicais e completa a sua programação com entrevistas e notícias.
Mesmo aberta aos estudantes, a rádio tem regras. Músicas com palavras de baixo calão ou com referências explícitas ao sexo, por exemplo, são proibidas. A partir daí, o que os alunos e professores irão ouvir, vai depender do gosto musical do locutor. “Eu sempre coloco só as músicas que eu gosto porque eu quero que as pessoas escutem para conhecerem, mas também para gostarem”, conta a estudante Hayunne.
Para os alunos que não participam do projeto, a aprovação é certa. “Nós adoramos. Com a rádio temos um tempo livre dos estudos. Uma música no fundo ajuda a esvaziar a cabeça. A gente inclusive pede música. As caixas de som ficam na sala de aula e também no pátio central. Todo mundo ouve. E é bem legal porque muitas vezes a rádio toca uma música ao invés do sino”, conta o estudante Davi Mateus, 17 anos.

FONTE: MIDIA MAX
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