O governador de Minas Gerais, Romeu Zema, anunciou que irá encerrar as atividades da Rádio Inconfidência AM 880 de Belo Horizonte. De acordo com as informações do governo, a desativação da rádio se dá devido ao corte de gastos e para limitar déficit, que já chega a R$ 800 mil.
Estação da Cultura Presidente Itamar Franco, conjunto arquitetônico que abriga a Orquestra Filarmônica de Minas Gerais, a Rádio Inconfidência e a Rede Minas de Televisão(foto: Filarmônica de MG/Divulgação) |
A decisão do encerramento das atividades da frequência AM da Rádio Inconfidência foi anunciada pelo secretário da Cultura, Marcelo Matte, em cerimônia dos novos dirigentes do setor no Palácio das Artes, no Centro de Belo Horizonte. A informação foi confirmada aos funcionários pelo presidente da emissora, Ronan Scoralick. Além disso, Scoralick anunciou que concursados serão os primeiros a serem exonerados.
O comunicado enviado aos funcionários da Rádio Inconfidência ressalta ainda que a medida também é tecnológica, já que, segundo o governo “todas as rádios AM vão acabar por imposição legal”, referindo-se à migração AM-FM que está em curso no Brasil. O comunicado prevê, ainda, que a desativação da rádio se dará em 30 dias, segundo matéria do site O Tempo.
Vale ressaltar que a Rádio Inconfidência é a mais antiga em operação em Minas Gerais e uma das mais antigas do Brasil. A emissora foi criada em 1936, portanto, completa 83 anos em 2019. A emissora também opera no dial FM de Belo Horizonte como Rádio Inconfidência FM 100.9.
O vice-presidente da Amirt, Mayrink Pinto, lamentou o encerramento das atividades. Segundo Mayrink, a atitude do governo mineiro foi drástica, já que a Rádio Inconfidência é uma referência. Ele também lamentou a possível demissão de funcionários.
Em nota, o Sindicato dos Jornalistas afirma que tomará todas as medidas legais para reverter essas demissões, já que exonerações de concursados, no entendimento do Sindicato, são ilegais, pois, pela lei, estes deveriam ser os últimos demitidos. O Sindicato ainda atuará politicamente, por meio de audiências públicas e manifestações, para impedir o desmonte da emissora pública mineira.
“Sabemos que a demissão de concursados é ilegal e vamos recorrer até onde tivermos o direito”, disse Alessandra Mello, presidente do Sindicato dos Jornalistas ao site BHAZ.
Com informações do BHAZ
FONTE: TUDORADIO.COM