O novo coronavírus já se espalhou pelo mundo. No Brasil, diariamente são registrados novos casos e já há casos de transmissão comunitária (quando não se sabe a origem da contaminação) em São Paulo e no Rio de Janeiro.
Segundo o Ministério da Saúde, se cuidados básicos para conter o vírus não forem tomados, o número de infectados pode dobrar em apenas três dias. Por isso, é muito importante a prática da higiene frequente, a desinfecção de objetos e superfícies tocados com frequência, como celulares, maçanetas, corrimão, etc.
E para as emissoras de rádio? Quais os cuidados necessários para que os colaboradores, especialmente radialistas e operadores não sejam contaminados?
Cuidados no estúdio
Para o presidente da APPT (Associação Paranaense de Pneumologia e Tisiologia), Dr. Irinei Melek, a higienização do ambiente é fundamental. “O que recomendamos, e que vem sendo adotado em outros países, é a limpeza do local de trabalho a cada 20 minutos”.
Com relação aos estúdios que são fechados, a indicação é fazer rodízio. “A emissora que possui mais de um estúdio deve alternar o seu uso, realizando a higienização do local vazio”, orienta o Dr. Melek.
Os cuidados gerais não podem ser esquecidos. “Criamos na Associação um comitê de crise do coronavírus e continuamos reforçando a importânciada prevenção individual com a etiqueta respiratória (como cobrir a boca com o antebraço ou lenço descartável ao tossir e espirrar), lavar as mãos e passar álcool gel e fazer o isolamento domiciliar ou hospitalar de pessoas com sintomas da doença por até 14 dias, além da recomendação para que pacientes com casos leves procurem os postos de saúde”.
Mas, como fazer a higienização dos equipamentos da emissora?
Depois de horas de uso os microfones ficam sujeitos a uma quantidade enorme de bactérias e vírus. As espumas anti-puf podem ficar carregadas com saliva, batom, poeira e demais contaminantes. De acordo com o consultor da Lumix, Rodrigo Rocha, o ideal é que cada profissional tenha a sua espuma anti-puf. “Não é possível passar álcool gel na espuma e já existe a recomendação que cada profissional tenha sua espuma”, explica.
Lasier Laube, técnico e proprietário da Clave de Som, explica que se o profissional não tem uma espuma anti-puf própria, o ideal é realizar a troca quando muda o comunicador. “Assim a espuma anterior pode ser colocada na água para limpeza. Não é recomendado lavar com sabão porque pode ressecar e danificar o material”.
De acordo com Eli Costa Borges, diretor da Ectech Telecom, os microfones portáteis, por exemplo Sennheiser 835, podem ter o globo de proteção assim como as espumas interna e externa lavadas. Ele também reforçou que cada comunicador tenha sua espuma anti-puf. “Estou em uma emissora na Bahia e aqui cada comunicador tem a sua. Outra iniciativa é o cancelamos das visitas na rádio”, complementa.
Com relação a mesa de som a recomendação é usar álcool isopropílico. “O profissional deve colocar a substância em um borrifador e aplicá-la sobre a mesa e esperar três minutos para secar”, ensina Laube.
FONTE: AERP - Associação das Emissoras de Radiodifusão do Paraná