Após meses registrando redução na audiência externa, já que os deslocamentos foram reduzidos em virtude da pandemia de COVID-19, as emissoras de rádio dos Estados Unidos voltaram a registrar crescimento, no último mês. Uma pesquisa realizada pela Nielsen aponta que, em junho, os níveis de audiência já representavam 95% do valor registrado em março. O país adotou medidas de isolamento social na segunda quinzena de março e iniciou o processo de reabertura no fim de maio.
Diferentemente do Brasil, nos EUA, o rádio é mais dependente das escutas feitas fora de casa, ou seja, precisa da circulação de pessoas, seja para os deslocamentos até o trabalho, estudos, compras ou lazer.
Segundo dados apresentados pela empresa de pesquisas, em março, a média semanal de audiência do meio era de, aproximadamente, 124 milhões de ouvintes. Após cair para 106 milhões em abril, e 112 milhões em maio, o rádio mostrou recuperação no último mês, alcançando a marca de 118 milhões de ouvintes no período.
Mas a mudança de hábitos da população não diminuiu a frequência na escuta. Mesmo em casa para evitar o contágio pela COVID-19, o americano continuou a sintonizar suas emissoras favoritas de outras formas, o que demonstra a importância da radiodifusão na busca por informações e entretenimento. Durante o período de quarentena, ao redor do mundo, o veículo vem se mostrando aliado da comunidade na nova rotina, por oferecer informação atualizada e apurada com credibilidade.
O índice de ouvintes sintonizados fora de casa também está avançando. Segundo a Nielsen, em março, 29% dos ouvintes estavam em casa e 71%, em ambientes externos, como carro, trabalho, locais de lazer, etc. Em abril, a proporção passou para 42% de ouvintes em ambiente doméstico e 58% em outros locais.
Já em maio, foram registrados 38% de ouvintes em casa e 62% fora dela. Na última medição, realizada em junho, foram registrados 32% de audiência em ambiente doméstico e 68% em outros espaços.
FONTE: ABERT