quarta-feira, 16 de setembro de 2020

Aloysio de Andrade Faria, dono da Transamérica, morre aos 99 anos no interior de São Paulo



O banqueiro e empresário Aloysio de Andrade Faria morreu na manhã desta terça-feira (15), aos 99 anos, em sua fazenda em Jaguariúna, no interior de São Paulo. A informação foi da colunista Sonia Racy, do jornal O Estado de S. Paulo. Entre as empresas que fazem parte do patrimônio do banqueiro, está a Rede Transamérica de Comunicação, responsável pela operação da Transamérica FM 100.1 de São Paulo e das demais emissoras próprias que fazem parte da Rede Transamérica. O Conglomerado Alfa, de propriedade do empresário, emitiu uma nota sobre o falecimento.

Segundo as informações do jornal, o banqueiro iria completar 100 anos em novembro. Farias era o banqueiro mais velho da lista da revista Forbes e o terceiro mais idoso entre todos os bilionários, com uma fortuna estimada em US$ 1,7 bilhão (cerca de R$ 9 bilhões). 

Farias era médico por formação e herdou o banco que viria a ser o Banco Real aos 28 anos, quando seu pai morreu. Em 1998, na época o quarto maior banco privado do Brasil, o Real foi vendido por US$ 2,1 bilhões ao holandês ABN Amro (posteriormente comprado pelo Santander).

Em mais de 80 anos de vida empresarial, o grupo criado por Faria engloba não apenas a Rede Transamérica de Comunicação e o Banco Alfa, criado após a venda do Real, mas também uma dezena de empresas, como a rede de hotéis Transamérica, a fabricante de água mineral Águas da Prata, a gigante de material de construção C&C e a produtora de óleo de palma Agropalma, entre outros negócios.

"O Brasil perdeu hoje um dos seus grandes empreendedores. Vai fazer falta no agronegócio, no setor financeiro e no processo de internacionalização do Brasil. Aloysio Faria foi um dos pioneiros na internacionalização do País e é um exemplo de como fazer negócios de forma republicana no País", afirma Marcello Brito, presidente da Associação Brasileira do Agronegócio (Abag), que trabalhou por 23 anos na Agropalma.


 

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