quarta-feira, 31 de março de 2021

Emissoras devem redobrar medidas para evitar a propagação da Covid



Estamos vivendo um momento de elevação nos casos de contágio. Especialistas alertam para a importância de intensificar as medidas de proteção, inclusive, no ambiente de trabalho.

Por Fernanda Nardo

O Brasil passa por um momento crítico da pandemia. No Paraná, medidas restritivas foram implementadas na tentativa de frear a súbita elevação dos casos e desafogar o sistema de saúde. Mesmo nas cidades que estão com as determinações mais brandas, as orientações são as mesmas: evitar aglomeração, ficar em casa, priorizar o home office e intensificar as medidas individuais de segurança e higiene.

No entanto, o comunicador precisa levar a informação até o público e, muitas vezes, ficar em casa não é uma opção para parte da equipe. Além disso, radialistas e operadores dividem espaço em estúdios fechados, o que agrava ainda mais o receio de contágio. Principalmente, porque um dos aspectos dessa nova onda da pandemia é o alto índice de disseminação do vírus.

“O que percebemos é que as cepas do vírus são mais transmissíveis do que as do começo da pandemia. Além disso, houve a agravação de casos em pessoas mais jovens”, explica a médica infectologista, Flávia Gomide Capraro.

Segundo o Ministério da Saúde, agora é hora de reforçar ainda mais a importância de medidas básicas para conter o avanço do vírus, inclusive, no ambiente de trabalho. Por isso, é essencial a prática da higiene frequente como lavar as mãos e utilizar álcool em gel, a desinfecção de objetos e superfícies como celulares, maçanetas, corrimões, etc.

E para as emissoras de rádio? Quais os cuidados necessários para que os colaboradores, especialmente radialistas e operadores não sejam contaminados?

Cuidados no ambiente de trabalho

De acordo com Flávia Gomide Capraro, é possível trabalhar seguindo regras simples, mas que dependem do comportamento de cada pessoa. “Usar a máscara, lavar a mão constantemente e não colocá-la no rosto e não compartilhar objetos. Vejo que as pessoas cansam, vão tomar um cafezinho e acabam tirando a máscara para conversar, é neste momento que ocorre a transmissão”, ressalta a médica.

Ainda segundo as orientações, os espaços devem estar ventilados e as pessoas precisam manter o distanciamento de um metro e meio. Conforme recomendação do Ministério da Saúde, os colaboradores que voltaram de viagem internacional devem ser dispensados do trabalho por quatorze dias.

Além disso, quem apresentar sintoma de resfriado ou gripe deve permanecer em casa. Para a equipe de rua, é sempre importante usar a máscara, ter disponível álcool em gel e manter a distância mínima.

Em relação aos estúdios que são locais fechados, a indicação é fazer rodízio dos funcionários. “A emissora que possui mais de um estúdio deve alternar o seu uso e fazer a higienização do ambiente, além de deixar a porta aberta”, alerta Flávia.

Como fazer a higienização do espaço e dos equipamentos?

Para a médica infectologista, a melhor maneira para limpar os objetos e o ambiente de trabalho é utilizando álcool, mas não apenas borrifar. “Para limpar é preciso friccionar a superfície, assim como quando lavamos as mãos, só espirrar como se fosse perfume não adianta”.
Como fazer a higienização do espaço e dos equipamentos?

Para a médica infectologista, a melhor maneira para limpar os objetos e o ambiente de trabalho é com álcool, mas não apenas borrifar. “Para limpar é preciso friccionar a superfície, assim como quando lavamos as mãos, só espirrar como se fosse perfume não adianta”.

De acordo com o proprietário da unidade Mary Help Curitiba, José Coelho Júnior, também existe a opção da sanitização dos espaços. Neste caso é utilizado um nebulizador de amônia quaternária, que faz a desinfecção sem deixar resíduos de compostos químicos.

“Essa desinfecção mata 99% de vírus e bactérias, inclusive o covid. Mas não tem efeito residual, ou seja, precisa ser complementada com a limpeza e desinfecção de áreas de manuseio constante, como maçanetas, puxadores de armários, mesas, etc”, explica.

Júnior diz que em relação às espumas anti-puf dos microfones, o mais indicado é que cada profissional tenha a sua. “Não é possível passar álcool em gel na espuma e a sanitização só faz a desinfecção no momento. O ideal é que cada um tenha a sua espuma”, alerta.

É possível também alternar o uso das espumas e lavar a que não estiver sendo utilizada com água e sabão.

Dicas para se proteger do contágio nas emissoras de rádio

Use máscara e não passe a mão no rosto.

Se for tossir ou espirrar, nunca use as mãos para cobrir a boca ou o nariz. Use o braço.

Não compartilhe objetos como canetas, talheres, copos.

Mantenha o distanciamento.

Tenha sua própria espuma anti-puf;

Nas mesas de som ou de escritório, cadeiras e outros equipamentos, aplique álcool friccionando cada objeto;

Caso a emissora tenha mais de um estúdio, recomenda-se alternar o uso dos espaços e higienizar o que não estiver em uso;

Limpe o local de trabalho regularmente.

FONTE: AERP - Associação das Emissoras de Radiodifusão do Paraná

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