» » EUA: estudo aponta que o rádio supera a TV e as mídias sociais em engajamento publicitário


Um novo estudo realizado pela Edison Research em parceria com a NPR mostra que os ouvintes de rádio (AM / FM) estão mais envolvidos com uma mensagem publicitária transmitida pelo veículo do que os telespectadores e usuários de mídias sociais em anúncios presentes nessas outras plataformas. 64% dos entrevistados afirmaram ter ouvido rádio e costumam ficar atentos à publicidade. Apenas os ouvintes de podcasts contam com um índice aproximado ao rádio nesse quesito. Acompanhe os detalhes:

A pesquisa foi conduzida entre os dias 13 e 21 de janeiro de 2021 e é relacionada a todo o território dos Estados Unidos, ou seja, tem alcance nacional. Entre os consumidores que estão atentos à publicidade, apenas o podcasts (com 65%) e a audiência específica da NPR (que é uma rádio pública dos EUA, com 67%) superaram os valores apresentados pelo rádio. A Edison destaca que o áudio em geral superou o streaming de TV e clipes on-line (58%), televisão ao vivo ou gravada (56%) e mídia social (51%) quando o assunto é atenção à mensagem comercial.

“Eles estão fazendo mais do que apenas ouvir anúncios, eles estão se envolvendo com eles”, afirma Megan Lazovick, vice-presidente da Edison Research, durante uma apresentação online de "Radio: Live on Air and Everywhere", realizada na semana passada e destacado ontem (19) pela imprensa norte-americana. E detalhe: os ouvintes de rádio de maior consumo do veículo são ainda mais favoráveis às mensagens publicitárias, todos com valores que superam a média geral dos ouvintes (64%).

A pesquisa, em sua apresentação, classificou esses ouvintes mais assíduos como "Radio Heads, Connection Seekers e Infomaniacs". Confira mais sobre esses e os demais tipos de ouvintes no final desta reportagem. E veja os valores logo abaixo, sobre a recepção desses grupos quanto a publicidade no rádio:

Aceitação da publicidade entre os grupos de ouvintes de rádio. Saiba mais sobre a classificação no final desta matéria

Mais recortes…

> 46% dos ouvintes pesquisados disseram que consideraram uma nova empresa, produto ou serviço após ouvir um anúncio no rádio
> 42% afirmaram que coletaram informações sobre um produto ou serviço da empresa como resultado de ouvir o anúncio, ou seja, quatro em cada dez ouvintes
> Cerca de um terço de cada grupo disse que fez uma compra como resultado de ouvir um anúncio no rádio

O levantamento mostra que quase a metade (47%) dos ouvintes de rádio AM/FM concordaram que aprendem mais sobre empresas locais por meio de anúncios de rádio, contra menos de um terço para consumidores de TV / streaming de vídeo. Segundo destaque do portal norte-americano Inside Radio, esse ponto é fundamental para os departamentos comerciais que posicionam o rádio como um veículo de marketing mais eficiente do que a televisão.

E mais: 47% dos ouvintes de rádio concordam que ouvir (e assistir) a anúncios é uma "troca justa" pelo conteúdo gratuito que recebem das estações, valor 11 pontos percentuais a mais do que a mesma afirmação sobre televisão.

Outro ponto importante do levantamento da Edison mostra que 33% dos ouvintes de rádio AM / FM afirmam que a plataforma está se tornando uma parte mais importante de suas vidas, mesmo com o crescimento da disponibilidade de conteúdos em áudio on-line.

"Com coisas como podcasts e streaming de música gerando tanto burburinho, o rádio às vezes tem problemas para se destacar e contar sua história. Mas é isso que acontece quando algo é uma parte tão profunda da vida de tantas pessoas (...) Todos os dias, dois terços dos adultos americanos sintonizam-se durante longos períodos de tempo. Só porque algo já existe há um certo tempo, não significa que não esteja lá, proporcionando um público enorme e respostas engajadas de dezenas de milhões de pessoas, a cada hora do dia", afirma Lazovick.

A pesquisa feita pela Edison Research e encomendada pela NPR contou com 1.500 adultos norte-americanos com 18 anos ou mais. Todos os entrevistados relataram ouvir rádio AM / FM (tradicional ou streaming) na semana anterior à realização da pesquisa (13 a 21 de janeiro deste ano).

Postado por César Oliveira

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