A Associação Brasileira de Emissoras de Rádio e Televisão (ABERT) divulgou a atualização da cartilha de Compensação Fiscal Eleitoral. A produção é direcionada para que as emissoras de rádio e televisão saibam o valor da compensação fiscal eleitoral a que têm direito pela cessão gratuita de horários da programação.
A cartilha conta com instruções e exemplos que servem de apoio para a área contábil das empresas. A compensação fiscal ocorre pela divulgação da propaganda eleitoral; da propaganda partidária; da propaganda gratuita de plebiscitos e referendos; e dos comunicados, instruções e outras requisições da Justiça Eleitoral, relativos aos programas partidários e eleitorais.
A atualização da cartilha teve como foco a possibilidade da compensação fiscal da propaganda partidária, que voltou a ser veiculada em 2022. O cálculo continuará a ser feito de acordo com a metodologia já utilizada pelas emissoras, definida no art. 99 da Lei nº 9.504/97 e no Decreto nº 7.791/12.
Outro detalhe importante é que a cartilha está dividida em duas partes: a primeira é destinada para as emissoras que recolhem tributos pelo lucro real e presumido; a segunda parte, para as emissoras de pequeno porte optantes pelo Simples Nacional.
O presidente da ABERT, Flávio Lara Resende, ressalta que “apesar de não representar ressarcimento financeiro, o mecanismo da compensação fiscal pela cessão de espaço gratuito na programação é indispensável para as emissoras, pois atenua o impacto negativo com a queda de audiência, perdas de receitas publicitárias e os custos operacionais impostos durante a veiculação da propaganda partidária”.
Considerações importantes especificamente sobre a compensação da propaganda partidária:
Cartilha afirma no início que “A Lei nº 14.291/22 reinstituiu a propaganda partidária no rádio e na televisão, que havia sido extinta em 1º de janeiro de 2018, por força do art. 5º da Lei nº 13.487/17. O dispositivo legal atualmente em vigor, art. 50-E da Lei nº 9.096/955, prevê expressamente a possibilidade da compensação fiscal às emissoras pela veiculação da propaganda partidária, a ser calculada “em conformidade com o art. 99 da Lei nº 9.504/97”, que já regula há anos a compensação fiscal das propagandas eleitorais.
Portanto, a compensação fiscal da propaganda partidária deverá continuar sendo feita de acordo com a metodologia que sempre foi utilizada pelas emissoras, definidas no art. 99 da Lei nº 9.504/97 e no Decreto nº 7.791/12, explicada detalhadamente na presente cartilha. Não obstante, é importante ressaltar que a contabilidade e o jurídico da emissora devem fazer a própria interpretação da norma em questão, prevalecendo, em todas as hipóteses, a sua orientação sobre qualquer outra”.
Para ter acesso à cartilha, basta clicar aqui.
FONTE: TUDORADIO.COM