Para evitar a propagação de fake news e informações sensacionalistas, influenciadores digitais do Rio Grande do Sul decidiram recomendar as rádios locais e a checagem de notícias.
"Às vezes as pessoas querem ajudar e acabam atrapalhando, compartilham notícias atrasadas. Isso gera deslocamento de grupos de resgate para locais onde as pessoas já foram resgatadas", diz Juarez Jr. Paiva Malagnez, influenciador de "O mundo CTG" (Centro de Tradições Gaúchas).
A orientação, nos abrigos do CTG, é para que as pessoas se informem pelas rádios e verifiquem a checagem de notícias que chegam até elas.
"[Pelo rádio], as informações chegam em tempo real e mais certeira para quem está sem bateria e sinal para se comunicar." - Juarez Jr. Paiva Malagnez, influenciador
"Teve uma fake news informando que seria proibida a passagem de carretas com doações, o que evidentemente é uma mentira! Estamos incentivando as pessoas a não repassar notícias falsas" - Badin Colono, influenciador.
Especialistas ouvidos pela reportagem do Portal UOL afirmam que o gaúcho está acostumado a ouvir rádio — o que facilita a recomendação de procurar as notícias em fontes confiáveis. Levantamento da Agência Radioweb aponta que existem mais de 500 rádios no estado. Algumas rádios, porém, também sofreram alagamento.
"Podemos falar em desertos de notícias, mas não em cidades sem rádios. Aqui passamos pelas casas e ouvimos o rádio ligado, todos os táxis e motoristas por aplicativo também escutam." - Paulo Gilvane Borges, diretor da Agência Radioweb
"O celular vai parar de funcionar, porque vai acabar a bateria, não vai ter como recarregar, mas o radinho de pilha funciona. Então isso está ajudando muita gente, já que tudo está mudando muito rápido." - Luiz Artur Ferraretto, especialista em radiojornalismo da UFRGS
FONTE: UOL