Rádios de pilha se transformaram em um grande aliado para os gaúchos. Na falta de energia, eles têm levado orientações e avisos à população atingida pela tragédia. Diante da situação de calamidade, uma campanha tem arrecadado aparelhos e pilhas para doação.
Diante da falta de energia, gaúchos têm recorrido aos rádios de pilha para receber orientações, informações e avisos sobre a tragédia que atinge o Rio Grande do Sul. Mais de 200 mil pessoas continuavam sem fornecimento de energia até o boletim da última sexta-feira do estado.
No centro de Porto Alegre, Peter Dullius, proprietário do tradicional sebo Beco dos Livros, na rua dos Andradas, faz do rádio um companheiro para se manter atualizado. A casa de Peter não foi atingida, mas a loja, sim.
Em cidades que ficaram ilhadas diante das enchentes, o meio de comunicação também se fez presente.
Capitão Farina, que é da Defesa Civil de São Paulo e tem atuado levando ajuda humanitária a populações ilhadas no Rio Grande do Sul, conta de uma cena que ficou marcada para ele, em Estrela, na região do Vale do Taquari, uma das mais atingidas.
De acordo com Farina, a própria Defesa Civil de São Paulo se baseou nas rádios para ter informações sobre pontos alagados e do nível do rio. Próximo dali, no município de Santa Cruz do Sul, a rádio foi responsável por enviar alertas à população de áreas de risco, como conta Willian Araújo, professor da Universidade de Santa Cruz do Sul
Diante da importância do rádio nesse momento de calamidade, a Universidade de Santa Cruz do Sul tem arrecadado aparelhos movidos à pilha e pilhas para doações.
Trinta e cinco rádios foram doados, na comunidade rural de Sinimbu, mas o projeto vêm ganhando força e, após arrecadação de doações de pix, em breve outras dezenas de aparelhos devem ser adquiridos e distribuídos. O pix para doação é doeumradio@gmail.com.
FONTE: CBN